sábado, 31 de maio de 2008

batatinha que bate bate.


Reunião de família, lê-se pelo encontro de seres humanos, que por uma vez conviveram intensamente, mas que depois dos anos, encontram-se exporadicamente.

A família envelhece, quando as pessoas crescem. Criam-se novos hábitos, e novas dinâmicas se instalam, quando se achava ter chegado no final da linha da escala evolutiva.

Saudosismo por aniversários inesquecíveis, Natais que gravados no velho VHS, não voltam mais.

Eu cresci. Eu vejo, eu entendo... Não participo mais de conversa de adulto, com censuras de mãos no ouvido, ou esforço do mesmo [ o ouvido ], quando os mais velhos abaixam o tom de voz, na esperança de que as crianças não participassem do buxixo.

Crescer, é entender que tudo aquilo é normal. Que a sua família não entende mais ou menos do que as outras. Todos crescemos. Até a tia Gertrudes, que me fazia rir nos meu pequenos 9 anos.

Lembro-me, que nas minhas viagens, ela aparecia no comecinho da noite no meu quarto, para contar a quem estivesse deitado, em pé disposto ou não a ouvir, como tivera sido sua infância. Tia Gertrudes também cresce... hoje ela me conta de sua adolescência.

Todos crescemos.

Todos aprendemos.

Todos contamos.

Todos passam suas histórias.

Mas nem todos querem....

6 comentários:

Anônimo disse...

A aceitação é difícil mas inevitável.

O importante é conseguirmos manter tanto conversas de criança como de adultos,em nós mesmos.

Adorei o texto

Beijokas
=*

Igor disse...

Crescer talvez fosse melhor dito na minha opiníão, que é aprender a aceitar algumas realidades.

Isso se dá pois ao envelhecer descubrimos que não, você não é a encarnação do Shiryu de Dragão dos Cavaleiros do Zodíaco, muito menos se dois carros idênticos se chocarem de frente na mesma velôcidade não vai abrir um portal interdimensional.

Isso também se dá ao descobrir que o "do you want continue?" logo após o game over não se aplica a tudo. Que pais sim se separam, inclusive os seus. Que tocos existem e doem.

Algumas lembranças podem ser dolorosas, outras não valem a pena lembrar, talvez isso explique por que pessoas podem ser tão reservadas.

Por outro lado, há pessoas que não se prendem e contam tudo. Eu acho mais certo. São pessoas que não se apegam a memórias, que aprendem com os seus erros, alertam os outros, mas continuam com o espírito livre para mais erros. Não perdem o charme de fantasiar com o que vem pela frente.

No fim, vem o destino. Não se preocupe com o que você não vivênciou. Se for do seu desejo, se estiver escrito no seu futuro, você vai fazer tudo aquilo que você almeijar e com isso poder contar aos seu próprios sobrinhos todas as suas aventuras.

Unknown disse...

Adorei o texto, darling!
Eu sempre me metia na conversa dos adultos... por isso cresci e virei uma criança velha e abusada...

ando disse...

... saber!

Aprendi que, com o tempo, a gente começa a sentir falta dessa formação universal de família.

Boa Semana!

Anônimo disse...

É colega! O tempo é vilão e melhor amigo! Saber crescer com ele sem deixar toda uma herança pra trás é essencial!! Por isso a gente guarda a criança enxerida sempre, é dela que precisamos de vez em quando! E ainda assim somos adultos e sabemos nossas responsabilidades!
Lindos como sempre seus textos queridão!
Beijones!

Duillio Farias disse...

pois eh... e o tempo não perdoa, passa rápido...voa! E com essa mesma rapidez crescemos... e com essa mesma rapidez pessoas entram e saem das nossas vidas, mas FAMILIA msm, é uma das poucas coisas nessa vida que fica (na lembrança e no coração) de maneira infinita enquanto estamos vivos, ou permanecem infinitas nas histórias que prosseguem de pai para filho...vô para netos...etc etc